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Morro. A auto-imagem de um deus se glorifica nos suspiros finais, deixando claro a todos que não podem ser mais do que são. Pobres são aqueles que não podem agir de outra forma. Está além da própria natureza o direito a mudar. Deuses não mudam, mas jamais serão senão eles mesmos. Homens não mudam, mas não conseguem ser aquilo que porventura deveriam ser. O inexorável fluído do tempo, serpenteando em todas as direções, age sobre o espaço e me sufoca. Morro dizendo palavras doces, mas engasgado no fel amargo de minha boca. E para quê? Nada. Eu não os salvei, pois deles dependem a própria vocação. Eu não os ensinei, pois se algo lhes mostrei foi “podeis matar teu próprio deus”. Continuar lendo